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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Barrocas cordel


No aniversário da cidade
Não poderia ficar de fora
Por isso fiz esses versos
Pra todo mundo ver agora
Não se aveche meu povo
É rapidinho não demora.


Com a chegada da ferrovia
Construíram a estação
O povo só melhorando
Aumentava a população
Esse povo com certeza
Tinha grande coração.


Com tanta casa e família
Vieram os comerciantes
O primeiro João Afonso
Homem muito interessante
Depois Roberto Queiroz
Que era também brilhante.


O Senhor João Afonso
Um homem inteligente
Foi o primeiro comerciante
Vendia pra toda gente
Rapadura, feijão, farinha
Todo tipo de semente.


Carro de boi, lombo de jegue
Era o transporte do lugar
Quem não tinha seu jumento
A pé tinha que andar
Às vezes longas distancias
Era mesmo de impressionar.


Motivo do nome Barrocas
Eu vou lhe dizer porque
Existiam dois tanques
Que quando vinham a encher
Eles dois se ajuntavam

Dava gosto de se ver.


Barrocas já era vila
Tinha até dia de feira
Era bom o movimento
Uma feira de primeira
Vinha pra fazer negócio
Gente da região inteira.


Negociava de tudo
Panela, pote, frigideira
Utensílios de barro
Candeeiro, até chaleira
Miudeza, doces massas
Era tudo de primeira.


O povo barroquense
De tudo ali plantava
Feijão milho mandioca
Batata doce, também fava
Gente muito inteligente
Tempo ruim não esperava.


Dos meios de transporte
O trem foi o principal
Ali levava de tudo
Até mesmo pedra e pau
Pro povo a Maria fumaça

Era mesmo sensacional.


Pedro Teles fazendeiro
Eta homem lutador
Terra para o cemitério
E pra igreja doou
O sonho de uma igreja
Logo se concretizou


O santo padroeiro
Passou a ser São João
Homenagem a João Afonso
Homem de bom coração
Tomava conta da capela

Tava em toda celebração.


Em outubro de 67
Rede elétrica é inaugurada
Vinha de Paulo Afonso
Por todos foi esperada
Com a ordem de Brasília
A verba foi destinada.


O Senhor Francisquinho
Teve um papel importante
Chegou a ir pra Brasília
Não descansou um instante
Tudo isso ele fez
Pra ver Barrocas brilhante.


São João, também Natal
Eram as festas animadas
Ate hoje elas são
Sempre muito esperada
Se esse povo tem motivo
Logo uma festa é armada.


A vila cresceu muito
E logo virou cidade
Toda rua todo canto
Era só felicidade
O sonho daquela gente
Tornava-se realidade.

Mas logo veio o pior
Barrocas logo caiu
Fizeram tudo escondido
Quem fez isso, assim agiu
O responsável pela maldade
Ninguém sabe ninguém viu.

Derrubaram a cidade
Não a moral daquela gente
Que lutava todos os dias
Por uma vida decente
Nunca iria desistir
Colocaram isso na mente.


Depois de muitas lutas
Barrocas se reergueu
Voltou a ser cidade
Era um direito seu
Quem queira o contrario
Coitadinho se perdeu.

Hoje tem água encanada
Tem energia a vontade
O calçamento ta na rua
Barrocas hoje é cidade
Tudo graças a seu povo
Que lutou por liberdade.

Hoje nossa cidade
Faz gosto a gente ver
De tudo tem um pouco
Ela não para de crescer
Graças a essa gente
Que exige pra valer.


Nossa Barrocas é rica
Tem ouro e tem sisal
Agricultura pecuária
Isso é muito legal
Tem um povo muito alegre
Que vive em alto astral.

Cidade de gente simples
Muito do trabalhador
Um povo que não desiste
Êta povo lutador
Enfrenta sempre os problemas
Com coragem e amor.

Terra no semi-árido
Uma bela região
Cidade abençoada
Pelo Santo São João
Que é seu padroeiro
Protege todo povão.


Pra ficar muito melhor
Só depende de você
Cuidar da sua cidade
É o que se pode fazer
Cobrando e exigindo
Assim ela vai crescer.

Aqui encerra a história
Do povo do meu sertão
Contando um pouco da vida
Com grande dedicação
Muito feliz com os versos
Que fiz de coração.

IRAILTON SANTANA.

Lavagem Cerebral

Racismo preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Não seja um imbecil
Não seja um Paulo Francis
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco?
Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou quelava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento que ainda recebe osalário e o pão de cada dia Graças ao negro ao nordestino e atodos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
Um sujeito com a cara do PC Farias
Não você não faria isso não...
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa musica você aprender e fazer
A lavagem cerebral
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Qualquer tipo de racismo não se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo é racista mas não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
E se você é mais um burro
Não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você

GABRIEL O PENSADOR

A FITOTERAPIA




Um misto de ciência e curanderismo: assim se pode definir o uso terapêutico de plantas ao longo da história humana. E, apesar do respaldo científico que vem ganhando nos últimos anos, o conhecimento da ação medicinal das ervas é baseado no empirismo popular.


Fitoterapia vem do grego e quer dizer - Tratamento (therapeia) Vegetal (Phyton), ou ainda 'A terapêutica das doenças através das plantas'.




Fitoterapia é uma cultura, não apenas uma moda.




A Fitoterapia ou terapia pelas plantas já era conhecida e praticada pelas antigas civilizações.




A prática da fitoterapia tanto quando se faz uso, e ainda mais quando se recomenda precisa estar alicerçada no Conhecimento e na Experiência.




A formação de quem recomenda a prática deve ser baseada em todas as fontes disponíveis possíveis.Sabemos que Hipócrates, o mais ilustre médico da antiguidade só aconselhava medicamentos vegetais.




As plantas contém princípios ativos capazes de nos curar nas diversas doenças.




A medicina jamais errou a respeito das virtudes terapêuticas de centenas de plantas.




Fitoterapia é uma terapêutica:- Racional - Eficaz - Econômica.

POLÍTICA EDUCACIONAL PARA OS ÍNDIOS





Introdução


Avanços e consensos na área de educação escolar indígena se deram tanto no plano legal quanto no plano administrativo. Todavia, ainda não se estruturou um sistema que atenda as necessidades educacionais dos povos indígenas de acordo com seus interesses, respeitando seus modos e ritmos de vida, resguardando o papel da comunidade indígena na definição e no funcionamento do tipo de escola que desejam. A impressão que se tem é que a educação escolar indígena caminha a passos lentos: avança-se em direção a algumas conquistas, mas inúmeros obstáculos se apresentam a cada momento.
Nesse contexto, um registro deve ser feito: a educação escolar indígena virou uma pauta política relevante dos índios, do movimento indígena e de apoio aos índios. Deixou de ser uma temática secundária, ganhou importância à medida em que mobiliza diferentes atores, instituições e recursos. Encontros, reuniões e seminários têm se tornado recorrentes para a discussão da legislação educacional, de propostas curriculares para a escola indígena, de formação de professores índios, do direito de terem uma educação que atenda a suas necessidades e seus projetos de futuro. Hoje não mais se discute se os índios tem ou não que ter escola, mas sim que tipo de escola.
Se nos atermos à legislação, verificaremos um processo lento, mas que segue de forma gradativa e cumulativa, onde o direito à uma educação diferenciada, garantido na Constituição de 1988, vem sendo regulamentado por meio da legislação subseqüente. Além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e da Resolução 3/99 do Conselho Nacional de Educação, a educação indígena está contemplada no Plano Nacional de Educação e no projeto de lei de revisão do Estatuto do Índio, ambos em tramitação no Congresso Nacional.
A legislação que trata da educação escolar indígena tem apresentado formulações que dão abertura para a construção de uma escola indígena que, inserida no sistema educacional nacional, mantenha atributos particulares como o uso da língua indígena, a sistematização de conhecimentos e saberes tradicionais, o uso de materiais adequados preparados pelos próprios professores índios, um calendário que se adapte ao ritmo de vida e das atividades cotidianas e rituais, a elaboração de currículos diferenciados, a participação efetiva da comunidade na definição dos objetivos e rumos da escola. A legislação também tem colocado os índios e suas comunidades como os principais protagonistas da escola indígena, resguardando a elas o direito de terem seus próprios membros indicados para a função de se tornarem professores a partir de programas específicos de formação e titulação.
Todavia, essas definições no plano jurídico ainda encontram-se mais como princípios do que como práticas que norteiam os processos de efetivação da escola no meio indígena. Várias são as amarras administrativas que retardam o processo, embora aqui se possa já vislumbrar um cenário diferente de alguns anos atrás.

Da Funai para o MEC



A transferência de responsabilidade e de coordenação das iniciativas educacionais em Terras Indígenas do órgão indigenista (Funai) para o Ministério da Educação, em articulação com as secretarias estaduais de educação, através de decreto da presidência da República (n.26/91), responde em muito pelas alterações ocorridas neste setor. Essa transferência abriu a possibilidade, ainda não efetivada, de que as escolas indígenas fossem incorporadas aos sistemas de ensino do país, de que os então "monitores bilingües" fossem formados e respeitados como profissionais da educação e de que o atendimento das necessidades educacionais indígenas fossem tratadas enquanto política pública, responsabilidade do Estado. Encerrava-se, assim, um ciclo, marcado pela transferência de responsabilidades do órgão indigenista para missões religiosas no atendimento das necessidades educacionais indígenas.
Esse ainda é um processo em curso. É possível elencar vários aspectos positivos dessa transferência de responsabilidades que ensejou o envolvimento de outras esferas do poder público, abrindo novos canais de interlocução para os índios. E é possível, também, demonstrar as inúmeras resistências dessas mesmas esferas de poder em absorver as escolas indígenas, respeitando o direito dos índios à uma educação diferenciada, tarefa que requer novos aportes teóricos, metodológicos e administrativos.




segunda-feira, 2 de junho de 2008

CANTIGAS DE RODA

ERVAS QUE CURAM

RAIZ DA VASSOURINHA: serve para queda dos cabelosPREPARO: você pega a raiz cozinha em quantidade, deixa esfriar e lava os cabelos algumas vezes por semana.
MALVA BRANCA: serve para inflamação no útero e é cicatrizante também. PREPARO:você pega bastante folhas cozinha coloca em uma bacia, deixa esfriar e senta por 15 minutos, feito este processo, algumas vezes você sente logo o resultado.
FOLHA DA GOIABEIRA: serve para diarréiaPREPARO: pega as folhas lava bem, coloca no copo, ferve a águae põe dentro das folhas e abafa, deixa esfriar e depois toma.
FOLHA DO EUCALIPTO: serve para renite alérgicaPREPARO: pega bastante folha, coloca em uma panela, põe água fervente depois tampa, só pode destampar quando for dormir, por isso que só pode fazer a noite, para ter um sono mais tranquilo, pois desobistrui o nariz.
CAROÇO DE UMBURANA DE CHEIRO: serve para o estômago empachado, (quando comeu algo que não fez bem)PREPARO: pega dois caroços, torra em uma panela pequena, quando der o estalo e porque já está torrado, pega um pano, coloca os caroços e pisa até virar pó, depois morna a água, coloca o pó na água e toma.
FOLHA DO MATRUZ: serve para catarro no peito.PREPARO: pega as folha, bate com leite no liquidificador e toma em jejum de preferência.
(Receitas da minha avó Julina, que passou pra minha mãe Estela que passou para mim Carla).
Carla Andrea

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